terça-feira, 30 de novembro de 2010

Como rejuvenescer pelo jejum

por Arnold Ehret*

 É significativo para o nosso tempo de degeneração que o jejum, ou seja o homem vivendo sem alimento sólido ou líquido, ainda não tem o seu valor completamente reconhecido pelo homem comum, nem pelo médico ortodoxo. Até a Naturopatia precisou de algumas décadas de desenvolvimento para se voltar apenas para a Natureza, remédio universal e onipotente. É significativo que o jejum seja ainda considerado um tipo de cura “especial”, e devido a alguns resultados expressivos aqui e ali, ele se tornou recentemente uma moda mundial. Até alguns especialistas na cura natural se deixaram levar e redigiram algumas regras gerais e prescrições para o jejum e para como interromper o jejum, sem levar em conta a condição ou a doença do sofredor.

Por outro lado, o jejum tem sido muito mal representado fazendo com que o homem comum realmente considere perigoso passar sem algumas refeições durante a doença por medo de morrer de fome, quando na realidade estará sendo curado. Ele equipara jejum com inanição. O médico, em geral, não deixa de ter culpa por ter perpetuado tal crença tola, que contradiz as leis da Natureza de auto-cura e cura.

Quaisquer “tratamentos naturais” para a eliminação de matéria doentia que não exijam, pelo menos, alguma medida de restrição ou mudança na dieta, ou jejum, estão basicamente desrespeitando a verdade referente à causa da doença.

Você já pensou o que significa não ter apetite quando se está doente? E que os animais selvagens não têm médicos, drogarias, sanatórios e nenhum equipamento para ajudá-los? A natureza nos ensina através desse exemplo que há basicamente apenas uma doença, aquela causada pelo excesso de comida e por alimentos errados. Portanto, esta única doença, quaisquer que sejam os muitos nomes diferentes dados pelo homem, pode ser curada por apenas um remédio, ou seja retirando do corpo aquelas mesmas substâncias que causam a doença. Em outras palavras, faça exatamente o oposto da superalimentação: reduza sua ingestão de alimentos, melhore sua dieta e se prepare para alguns jejuns. A razão porque tantas curas com jejum, especialmente aquelas de longa duração, fracassaram e continuam a fracassar é a ignorância na sua aplicação adequada e a desconhecimento do que acontece no corpo durante o jejum. Os naturopatas e especialistas em jejum nem sempre estão tão cientes desta delicada área como deveriam estar. Eu ouso dizer que possivelmente não há outro homem na história que tenha estudado, investigado, testado e experimentado o jejum como eu. Que eu saiba, não há outro especialista na área que possa reivindicar ter conduzido tantas curas com jejum, até em casos muito graves de doença, como eu. Eu fundei o primeiro sanatório no mundo especializado em jejum combinado com uma dieta sem muco, como um pré-requisito para meu Sistema de Cura da Dieta sem Muco. Eu também me submeti publicamente a vários jejuns para pesquisa científica, durando 21, 24, 32 dias para demonstrar meu método de cura. O último teste, de 49 dias, representa o recorde mundial de jejum feito sob rigorosa supervisão cientifica .

Você portanto sabe que, baseado nos meus próprios experimentos, eu sei o que realmente acontece no corpo durante o jejum. Eu já falei, anteriormente, que o corpo, em seu mecanismo, pode ser comparado a uma máquina. Agora imagine que esta máquina, feita de material semelhante à borracha, tenha trabalhado em excesso por anos devido à grande ingestão de alimentos, que tenha expandido seus tecidos e vasos para acomodar a grande porção de resíduos. Então esse organismo, sobrecarregado continuamente, coloca uma pressão incomum no sangue e nos tecidos. Assim que você para de comer, a pressão excessiva é rapidamente aliviada, os vasos sanguíneos e tecidos muito expandidos relaxam, o sangue fica mais concentrado e a água superficial é eliminada. Este processo continua por alguns dias, nos quais você pode se sentir bem, mas à medida que os vasos se contraem, o muco que se alinha em suas paredes cria uma obstrução para a circulação do sangue e torna a passagem mais estreita. Portanto, o sangue precisa, em seu processo de circulação através do corpo, especialmente nos tecidos, rodear, dissolver e carregar consigo o muco e suas substâncias venenosas para eventual eliminação pelos rins.

Durante seu jejum, a obstrução imediata primária, causada pela comida em excesso e pelos alimentos errados, é eliminada primeiro. Isto resulta em que você pode se sentir relativamente bem, ou até melhor do que quando comia. Entretanto, quando – como explicado antes – a corrente sanguínea começa a carregar parte do muco desprendido das passagens obstruídas, então você se sentirá miserável. Você e todos os demais culpam a falta de comida por essa sensação, o que é verdade mas apenas na medida em que todo este processo de limpeza é acionado pela ausência de nova comida. No dia seguinte, com certeza, você notará muco na sua urina. Uma vez que os resíduos tenham sido eliminados de sua circulação você se sentirá bem novamente, até mais forte do que nunca antes. É fato conhecido que um jejuador vai se sentir melhor e mesmo mais forte no vigésimo dia do jejum do que no quinto ou sexto dia, certamente uma prova cabal que a vitalidade não depende primariamente da comida, mas sim de uma circulação desobstruída. (Veja Lição 5 de meu livro Sistema de Cura da Dieta sem Muco). Quanto menor a quantidade de obstrução, maior a pressão de ar e, consequentemente, mais vitalidade.

As explicações acima devem ter dado a você uma melhor compreensão da natureza da cura pelo jejum. Primeiramente, ela se propõe a aliviar o corpo de obstrução direta se abstendo de alimentos sólidos. Em segundo lugar, é um processo mecânico pelo qual a contração dos tecidos e vasos proporciona a liberação do muco que, por sua vez, causa fricção e obstrução na circulação.

A seguir alguns exemplos de força adquirida durante o jejum; Um dos meus primeiros jejuadores, um vegetariano relativamente saudável, caminhou 45 milhas nas montanhas no seu 24º dia de jejum.

Após um jejum de dez dias um amigo, quinze anos mais novo, e eu empreendemos uma caminhada de 56 horas.

Um físico alemão, especialista em curas pelo jejum, publicou um panfleto intitulado “Jejuar aumenta a Vitalidade”. Ele obteve os mesmos resultados que eu, mas não descobriu as razões para este extraordinário aumento de vitalidade, que continuaram sendo um mistério para ele.

Se você beber apenas água durante um jejum, o mecanismo humano se limpará da mesma maneira que se faz ao espremer uma esponja suja, mas a sujeira neste caso é um muco pegajoso, muitas vezes misturado com pus e drogas. Ele permanecerá na circulação sanguínea até que seja completamente dissolvido e possa passar pelos rins para infinito alívio do corpo e de seu dono.

* Arnold Ehret (1866 – 1922) foi um professor e autor de diversos livros sobre saúde, nascido na Alemanha e radicado nos EUA. Este texto foi extraído de seu livro “Jejum Racional”. Baixe, conheça e leia a obra integral clicando no link apropriado na barra lateral do blog.

2 comentários:

  1. Bom Dia Sr. Marco, venho por meio desta agradecer este maravilhoso trabalho que o Sr. estar fazendo e peço a Deus que Lhe ilumina cada vez mais! fico muito feliz por saber que existe pessoa como o Sr. vivo fora do Brasil e estou seguindo o metodo do Prof Arnold e agradeço a Deus todos os dias por ter encontrado os livros desse iluminado Prof.! Fica com Deus e muita Luz pro Sr. e toda sua familia!!

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  2. Este site ainda está no ar? Tentei baixar um livro mas ele me leva para uma página de anúncios de pornografia.

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